Isto nao é um poema, é a sintaxe a espreitar a voragem. Sem épica , sem esperanca. Ética do abandono constrói uma estela gravada com a heranca nao desejada, o marasmo que ninguém vê, que expulsa, consome e constringe. É um percurso héctico da linguagem em torno de uma pira própia e alheia em que o desamparo atravessa o corredor do corpo . da casa até ás vidas. Um despejo necessário da agonia de um constante final, de um proncípio constante.
Carme Pais Filgueira