Sinopse
Este trabalho aborda o funcionamento do sistema cultural galego na passagem do franquismo para a regime autonómico. Com base na análise do processo de construçom do Sistema Literário Galego entre 1974 e 1978, o livro estuda a estrutura, a evoluçom, a distribuiçom social e geocultural, as relaçons internas e externas, e as normas e os materiais com que som estabelecidas as margens desse sistema deficitário. O estudo ocupa-se, aliás, dum período histórico caracterizado pola forte mudança política e em que som fabricadas ou socializadas no espaço político e cultural da Galiza um conjunto alargado de ideias em grande medida ainda hoje vigorantes.
Para além de analisar as tomadas de posiçom, os programas e as estratégias planificadoras com que os grupos ativos nos campos político e cultural da Galiza do final do franquismo pretendem balizar e identificar a comunidade galega, umha leitura desde o presente pode, quiçá, ajudar a entender as posiçons ocupadas na Galiza autonómica por esses grupos, assim como o relativo sucesso ou fracasso das suas ideias e estratégias político-culturais em relaçom com o grau de naturalizaçom delas na sociedade galega. Quiçá, até, essa leitura seja oportuna para nos perguntarmos em que medida as ideias e estratégias que hoje nos construem garantem a soberania e a viabilidade da Galiza como comunidade político-cultural diferenciada, e de que maneira elas contribuem, ou nom, para o bem comum.