Suas paredes tem mais de 60cm de espessura. O vento gelado que penetra pelas janelas quebradas corta o saguão. Um odor fétido atesta a autenticidade do lugar. Outros pavilhões já estão reformados e expõe peças pertencente ao Museo Marítimo y del Presidio, mas este, intacto, ainda tem o silêncio ensurdecedor e o chão sujo. Nada mudou em quase 70 anos na prisão do fim mundo.
Não existem relatos de uma única fuga exitosa. Bem por isso, essa foi considerada a prisão mais efetiva do mundo. Alcatraz ficou para trás. Várias tentativas de fugas ocorreram por aqui, embora pouquíssimas bem sucedidas. Escapar do presídio em si não era tarefa muito difícil já que os detentos passavam horas fora da cárcere realizando diversas atividades, mas uma vez do lado de fora, não havia para onde ir. Sem comida, com frio e impossibilitados de acender uma fogueira – a qual o iria denunciar -, o fugitivo acabava por voltar com o rabo entre as pernas e pedir desculpas pela evasão. Na maioria das vezes o pedido de desculpas era aceito, e posteriormente era acompanhado por uma bala. Um a menos.