A história do futebol também é a dos desafios feministas, a da democracia corinthiana de Sócrates e companhia, a da biblioteca operária do Canido Sporting, a do Breogán F.C., a das mocidades galeguistas, a das seleções nacionais auto-geridas das Siareiras Galegas, a da reinvenção do futebol gaélico ou a do Encrobas Clube de Fútbol ("fura, fura, que Encrobas dura!"), símbolo que mantém viva a paróquia destruída por FENOSA. Este outro futebol, o que amavam Eduardo Galeano e Pier Paolo Pasolini, é o que está trás este livro de Carlos Taibo. Ele, como já fizera no seu dia o anarquista Manuel Rodríguez Matos, tanto pode dar um comício aos peões de Ordes e Celas de Peiró como falar na Sociedade Deportiva de los Castros sobre a ética no desporto e fazer as duas cousas como parte do mesmo projeto: sermos mais livres.