Pela primeira vez em Portugal, o livro de ensaio e opinião de Michel Houellebecq, tão respeitado enquanto escritor como polémico enquanto pensador.
«Avançamos para a catástrofe, guiados por uma imagem falsa do mundo; e ninguém o sabe. (…) Se nos mantivermos numa visão mecanicista e inpidualista do mundo, morreremos. Não me parece sensato permanecer mais tempo na esfera do sofrimento e do mal. Há cinco séculos que a ideia do eu ocupa todo o espaço; é tempo de bifurcarmos.»
Literatura, religião, fé, arte, filosofia, feminismo, conservadorismo, amor - neste volume de textos, Michel Houellebecq regressa aos temas que sempre lhe interessaram para dar a conhecer os pontos de vista que o têm celebrizado: frequentemente polémicos, quase sempre provocadores, sempre estimulantes.
Numa obra de ficção, é impossível separar completamente o escritor do pensador, e é inevitável atribuir a crença ou o ponto de vista de uma personagem ao seu criador. Notável prosador, Michel Houellebecq é frequentemente alvo de críticas ou polémica sempre que um seu romance toma partido ou antevê possibilidades que nos são dolorosas.
Neste primeiro livro de opinião publicado em Portugal - onde encontramos o escritor a fazer um elogio a Trump ou numa conversa íntima com um amigo escritor, a defender o conservadorismo moderado ou a exaltar a literatura e o amor - temos um Michel Houellebecq mais directo, mais despido do filtro da ficção, sempre fascinante. Vemos um homem - que calha ser um dos escritores mais relevantes do presente - de pensamento absolutamente livre, impossível de definir com rótulos simplistas, um analista implacável daquilo a que chama a "comunidade humana".
Os elogios da crítica:
«As lutas de Houellebecq são fundamentais, necessárias, na sua visão da arte e da sociedade.» — DNA
«Michel Houellebecq é divertido, inteligente, e sempre definitivo.» — Paulin Césari, Le Figaro
«Houellebecq antecipou a chegada da desumanização. Percebeu que o clima de liberdade em que vivemos não passa de mais uma exortação.» — Yasmina Reza
«Michel Houellebecq pode bem ser o romancista mais interessante dos nossos tempos.» —
Evening Standard
«O que me impede de ler os livros de Houellebecq e ver os filmes de Lars von Trier é uma espécie de inveja. Não porque inveje o seu sucesso, mas porque ler esses livros ou ver esses filmes obrigar-me-ia a contemplar quão excelsa pode ser uma obra e quão inferior é o meu trabalho.» — Kark Ove Knausgård