«Calar-me? Hei de falar tão livre como o vento. E venham todos, céu, diabos, homens, Que gritem contra mim, hei de falar.»
Com tradução e introdução de Daniel Jonas.
Otelo, destacado general mouro ao serviço do Estado de Veneza, apaixona-se pela bela e jovem Desdémona, oriunda de uma abastada família veneziana. Iago, alferes de Otelo, dominado pela raiva de ter sido preterido, em favor de Cássio, numa promoção a capitão, denuncia a união entre os dois amantes, realizada em segredo, a Brabâncio, pai de Desdémona, provocando a sua ira. Não logrando o seu intento de destruir Otelo, Iago convence-o de que Desdémona o trai com Cássio, assim desencadeando uma série de ações que precipitarão o mais funesto dos desfechos.
Otelo é uma das mais importantes e belas tragédias de Shakespeare, cuja notável densidade psicológica expõe a queda inevitável de um homem consumido pela paixão e pelo ciúme. Uma tragédia sobre poder, racismo, amor e traição, tão relevante hoje como em 1603, ano em que foi escrita pelo maior dramaturgo de sempre.