Sissi, a imperatriz rebelde cuja lenda continua viva
«Como não me lembrar do meu 16º aniversário? Tudo mudou. Noiva do imperador, profundamente apaixonada pelo homem que me tinha escolhido para ser, ao seu lado, companheira, sonhando com um futuro de amor e cumplicidade como via em meus pais. Disposta a tudo, por esse amor. Disposta a deixar de ser a Sissi que se perdia a cavalo por montes e vales, que corria desenfreadamente com os irmãos e pescava no lago. A aprender a ser Isabel da Baviera, a eleita para imperatriz, a dominar regras e protocolos rígidos, falar francês fluente, quebrar-me para me reerguer.»
ISABEL NÃO ERA A ESCOLHIDA, mas bastou os olhos de Francisco José se cruzarem com os dela para a sua irmã, Helena, ser preterida e, ser ela a eleita. Seria Imperatriz. Deixaria de ser Sissi, para ser Isabel. Mas como prender uma gaivota que só quer voar ou tentar travar uma onda na areia? Isabel foi criticada por não respeitar os protocolos, por ser demasiado sensível e tímida, por se interessar por moda, por ser obcecada pela sua beleza, que todos elogiavam, por não educar os filhos, por não dominar o francês, pelos seus amantes - uns inventados, outros reais - pela sua preferência pela Hungria, onde passava grandes temporadas, encantada pelas paisagens e simplicidade das gentes, pelas suas viagens a destinos que a encantavam, como o Funchal ou Corfu.
Diana de Cadaval leva-nos a uma Europa a ferro e fogo do século XIX, prelúdio da Grande Guerra Mundial para nos contar, neste romance, a extraordinária história de Sissi. Marcada pelo amor e pela tragédia. Uma mulher livre, à frente do seu tempo, que morreu às mãos de um anarquista italiano em 1898. Uma mulher que tinha tudo para ser feliz. Sissi, a imperatriz rebelde cuja lenda continua viva.