Uma obra essencial para compreender um dos períodos mais conturbados, e interessantes, da história contemporânea de Portugal.
Com prefácio de Jaime Nogueira Pinto
Plano Nacional de Leitura
Cultura e Sociedade - Maiores de 18 anos
Entre o 25 de Abril de 1974 e o final de 1975, foram vários os actores políticos que se mobilizaram para influenciar o processo de descolonização em África e travar o avanço do comunismo em Portugal.
A presente obra de história política reconstrói o percurso destes actores, civis e militares, alinhados à direita da Revolução de Abril.
Através de fontes escritas e orais, muitas delas até agora inéditas, Riccardo Marchi põe-se em campo para reconstruir e sistematizar uma história da qual pouco se sabe, das suas organizações, dos seus protagonistas, das suas redes, das estratégias desenhadas e das repressões sofridas, tanto à luz do dia como na luta armada clandestina.
À direita da revolução pretende contribuir para o desvelar de uma área política muito debatida mas pouco estudada e, assim, ajudar a compreender um dos períodos mais conturbados, e interessantes, da história contemporânea de Portugal.
Um trabalho de enorme fôlego investigativo e narrativo que lança luz sobre uma série de eventos deixados na penumbra pelo curso da História.
«Ainda hoje assistimos à eterna dança dessas agora moribundas direitas colaboracionistas, mais preocupadas com a diabolização de hipotéticos “fascismos” passados e futuros do que com o presente totalitarismo cultural da esquerda politicamente correcta ou com as actuais ameaças à liberdade dos novos totalitarismos. O livro de Marchi tem o mérito de recordar os tempos em que a esquerda – só refreada pela situação geográfica do país, por estar Ialta em vigor e a NATO atenta – fez o que acusava o Regime Salazarista de fazer: prendeu fascistas "suspeitos", mentiu nos media, criou lendas negras. (…) É sobre todo este passado, ignorado, amordaçado, amalgamado ou destorcido, que incide o livro de Riccardo Marchi. Razão mais do que suficiente para que – todos – lhe estejamos gratos.»
do Prefácio, por Jaime Nogueira Pinto