Eu, padre gay, e a minha revolta contra a hipocrisia da Igreja.
Krzystof Charamsa era Monsenhor e funcionário da Santa Sé (onde tinha substituído o padre Georg Gänswein, que se tornara secretário pessoal do Papa Bento XVI).
Em Outubro do ano passado, assumiu publicamente a sua homossexualidade. Foi suspenso pelo Vaticano, por quebra do voto de celibato.
O caso foi notícia nos principais meios de comunicação em todo o mundo.
Este livro é a sua história, contada na primeira pessoa. Uma autobiografia honesta e absolutamente invulgar que relata o que é ser homossexual por debaixo de uma batina. Charamsa decidiu denunciar ao mundo a hipocrisia da Igreja Católica, uma instituição que, considera, há séculos utiliza o sexo com a finalidade de impor o seu poder.
O autor debruça-se – com profundo conhecimento – sobre a posição da Igreja Católica sobre o tema ao longo dos últimos anos, apontando incongruências baseadas em factos que ele próprio viveu ou testemunhou.
Charamsa sustenta que mais de metade do clero é homossexual; defende que os evangelhos e a mensagem de Jesus não são homofóbicos; afirma que a homossexualidade é o dom de Deus para os homossexuais, como a heterossexualidade é para os heterossexuais; considera que a Igreja, que diz ser feita de homossexuais reprimidos, tem demonizado a homossexualidade para consolidar o seu próprio poder.
Tudo isto sedimentado na sua experiência pessoal no seio da estrutura da Igreja Católica, onde chegou a membro da Congregação para a Doutrina da Fé.
Num registo íntimo, tocante e incomum, Monsenhor Charamsa fala aberta e pungentemente de um tema tabu para a Igreja, num livro raro e incontornável que não vai deixar ninguém indiferente.