Murado a toda a volta, o bosque dos carmelitas descalços, hoje Mata Nacional do Buçaco, mantém a inacessibilidade primordial, assente no amor ao precipício. Afinal, estes cento e cinco hectares estão ainda protegidos pelo modo como aqueles monges enérgicos e pioneiros souberam potenciar as características naturais da serra desde que, em 1628, nela instalaram o seu deserto ou eremitério. Este livro dá acesso ao bosque numa perspectiva etnobotânica, relacionando plantas e pessoas, desde a fundação do eremitério até à actualidade, passando pelo período conturbado da sua profanação, no século XIX. Em destaque, algumas das espécies vegetais mais emblemáticas e a inscrição nesta paisagem de uma eloquente conjugação de graça divina, natureza e arte.
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