«A experiência global e partilhada da pandemia obrigou-nos a focar a natureza – simultaneamente pública e ética – das decisões em saúde e fez sobressair a importância do consenso. Esta exigência – agora tão visível – vinha-se fazendo sentir há décadas. Prova disso é que cresceu exponencialmente a literatura que se debruça sobre as implicações antropológicas e éticas dos grandes âmbitos da cultura mais diretamente vinculados ao mundo da tecnologia, das biotecnologias à inteligência artificial. Uma das áreas em que a necessidade de reflexão se fez sentir primeiro e de forma mais nítida foi a das ciências da vida. […]