Decretado o Estado de Emergência, a cidade de Lisboa transformou-se de um dia para o outro. Ruas vazias, estradas sem carros, comércio fechado, quase ninguém no exterior. A cidade cheia de vida e de ruído, de trabalhadores e de turistas, deu lugar a uma cidade-fantasma, uma cidade suspensa por tempo indeterminado. Daqui a alguns anos, muitos perguntarão que cidade era esta e poucos poderão responder porque poucos foram aqueles que a viram em estado de emergência, nítida e despojada.