O marcado envelhecimento da população a que assisti-mos nos últimos anos tem implicações importantes para as economias europeias e portuguesa. As pressões sobre o mercado de trabalho e sobre as medidas de protecção social requerem ajustamentos consideráveis, que passam pela promoção de políticas de envelhecimento activo que permitam aos cidadãos viver de uma forma mais saudável e mais produtiva. Esta perspectiva não se coaduna com a imagem negativa que prevalece nas várias esferas da nossa sociedade e que persiste em tratar as pessoas mais velhas como doentes e incapazes. Neste contexto, um facto é certo: o futuro do país passa necessariamente por uma mudança ideológica profunda no modo como encaramos o envelhecimento e as pessoas idosas.