Dizer palavrões pode parecer fútil – e, para alguns, pouco civilizado –, mas é uma parte incrivelmente útil da linguagem, que mostra como os nossos cérebros, emoções e até as sociedades funcionam. Os palavrões existem desde que os humanos começaram a comunicar e está provado que dizê-los diminui a dor e ajuda vítimas de AVC a recuperar a linguagem.
Dizer Palavrões Faz Bem é uma divertida e espirituosa defesa dos nossos tão apreciados palavrões, baseada na mais credível investigação científica e case studies históricos – desde os chimpanzés que inventaram as suas próprias «asneiras» ao homem que depois de perder metade do cérebro ganhou uma compulsão para praguejar.
Emma Byrne apresenta a fascinante ciência por detrás do calão, explicando como se reflecte nos nossos corpos e mentes e como praguejar não só é normal como, efectivamente, faz bem.
«Uma impressionante colectânea de investigação que mostra como dizer palavrões nos ajuda a lidar com a dor, a ligar-nos aos outros, está associado à inteligência e nos torna mais dispostos a confiar uns nos outros [...] Uma leitura inspiradora.» Financial Times
Com uma linguagem muito descontraída, coloquial, pontuada por alguns palavrões, a autora, esclarece a origem dos palavrões, contextualiza o seu uso em termos sociais, culturais e até internacionais.Enuncia estudos que demonstram a relação que têm com a nossa inteligência, como proferi-los alivia o stress e reduz a dor, como podem ajudar-nos a recuperar de algumas doenças. No fundo, explica por que dizer palavrões é bom para quem os diz.
Para explicar que dizer palavrões não apenas é normal, como até faz bem, a autora contextualiza os seus argumentos baseando-se na sociologia, psicologia, neurociência e antropologia.
Há um capítulo apenas dedicado às mulheres, que faz o enquadramento histórico do preconceito relacionado com mulheres que recorrem ao calão e contribui para a desmistificação e a igualdade de género. A própria autora se assume como uma mulher que diz muitos palavrões, e com muito gosto. E di-los, no livro.