Situada num futuro talvez mais provável do que imaginário, Estilicídio é uma história de amor e perda, assim como a história de sobrevivência do nosso próprio mundo.
A água, cada vez mais escassa, tornou-se um produto de luxo. As antigas condutas de fornecimento foram destruídas e o risco de assalto ao Comboio da Água que serve a cidade é cada vez maior. As ruas enchem-se de protestos depois de anunciada a construção de uma Doca de Gelo gigantesca, obra que desalojará um maior número de pessoas do que o inicialmente previsto.
São estes os acontecimentos que, de um modo ou de outro, acabam por ligar a vida de vários estranhos: uma enfermeira prestes a ter um caso amoroso; um rapaz em busca do seu irmão, por sua vez à procura de um cão vadio fora dos limites da cidade; uma mulher moribunda e o seu marido, um segurança do Comboio, dividido entre viver ou desistir, perseguido pelo passado e receoso do futuro que se assoma.
Os elogios da crítica:
«Narrativa fragmentada, cheia de frases soltas, como versos de um longo poema, o novo livro do autor gaulês parece-se pouco aquilo a que habitualmente se chama "romance", aproximando-se mais em termos estruturais do género poético, com desafio de limites e exploração de linguagem que o caracteriza.» Rita Cipriano, Observador
«As histórias caem umas nas outras, acumulam-se e fundem-se na mesma matéria líquida. E a escrita acompanha de modo exemplar esse movimento, essa vertigem, essa fluidez.» José Mário Silva, Expresso
«Uma poderosa e urgente visão do futuro.» The Guardian
«Um enorme pequeno livro que descreve com detalhe um mundo futuro (…). Excitante, perturbador e essencial.» Financial Times