Inverno é um romance de uma raiva feroz, terna e justa, e de uma generosidade que Dickens reconheceria.
«Deus estava morto: para começar. A cortesia estava morta. A poesia, a prosa, a pintura, todas elas estavam mortas, e a arte estava morta. A literatura estava morta. O amor estava morto. A morte estava morta. Muitas coisas estavam mortas. Imagine que é assombrado pelos fantasmas de todas estas coisas mortas.»
Inverno: desolação, vento gelado, tempo dos dias mais curtos e das noites mais longas, das árvores despidas e do frio; mas é também o inverno que torna visíveis todas as coisas até então invisíveis. Em vésperas de Natal, quatro pessoas reúnem-se numa grande casa de campo, com vista para o mundo da pós-verdade: Sophia, de 70 anos de idade, perseguida por uma cabeça sem corpo, o seu filho, Art, a braços com o final da relação com Charlote, sua namorada de longa data, Lux, uma emigrante croata que ele contrata para a substituir, e Iris, irmã de Sophia, com quem não fala há décadas.
Eis a época que nos ensina a sobreviver. Eis o Inverno.
«Herdeira de Virginia Woolf, Ali Smith reinventa o romance de uma forma subtil e decisiva. (...) Tem provado, a cada livro, que a única coisa previsível na sua extraordinária obra é a certeza da reinvenção.» - The Telegraph
«Inverno é um romance de uma raiva feroz, terna e justa, e de uma generosidade que Dickens reconheceria.» - The Guardian