Jobs for the boys. Dança das cadeiras. Boycracia. Assalto ao Estado. Todos conhecemos estas expressões, que sugerem a existência de favoritismo e politização na atribuição de empregos na administração pública. Todos reconhecemos também a necessidade de clarificar o papel das nomeações para os partidos políticos e para os processos de delegação de competências entre os partidos no governo e a administração pública. O presente ensaio pretende abrir esta caixa negra. Enquadra a questão e identifica possíveis pontos de equilíbrio entre o controlo democrático da administração e a limitação da margem de manobra dos políticos na escolha de dirigentes. E avança três propostas que prometem estimular a discussão sobre estratégias para conter os danos da politização dos serviços públicos. Porque é urgente limitar, melhorar e exigir.