Uma narrativa vertiginosa sobre a identidade e a memória inspirada em grandes clássicos da literatura e na própria vida do autor.
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
O que significa ser único? Qual é a marca da nossa identidade?
Após anos de vida desregrada no Quebeque, Hugo, um contrabaixista em crise de inspiração, regressa a Lisboa. Vê o regresso como um ano sabático, em que encontrará consolo junto da família e poderá talvez terminar, por fim, uma melodia que não lhe sai da cabeça.
Numa noite em Lisboa, assiste a um concerto de Luís Stockman. Nessa precisa noite, a esperança de encontrar o equilíbrio cai por terra. O pianista no palco é igual a si - no rosto, nos gestos. E nessa noite estreia ao piano um tema que Hugo conhece muito bem: é a melodia que anda há anos a tentar escrever. A semelhança entre os dois músicos é tal que, de um momento para o outro, começam a confundi-lo com o pianista, e a sua própria mãe lança a dúvida. Quem é ele, afinal, se há um outro igual a si, o espelho invertido do seu fracasso?
Hugo mergulha num labirinto de memórias e contradições, procurando o seu duplo, perseguindo a verdade, tão fugidia quanto o que julgava ser a sua essência. É a um amigo do pianista, narrador do livro, que cabe desmontar os acontecimentos e repor a verdade sobre as vidas dos dois músicos, sobrepostas como num espelho.
Inspirando-se numa história verdadeira - a sua própria - e em clássicos como O Duplo de Dostoiévski, O Retrato de Dorian Gray ou mesmo O Homem Duplicado, de José Saramago, João Tordo constrói uma narrativa vertiginosa, onde a verdade escapa ao leitor a cada página.
Os elogios da crítica:
«Está aqui o narrador-escritor e aquela costela anglo-saxónica de contar uma história do princípio ao fim, e não lhe negar o suspense. [...] Para ler com a lanterna acesa.» Ana Dias Ferreira, TimeOut Lisboa
«João Tordo joga habilmente com a imaginação dos seus leitores.»
Marcus Kufner, Buecher Kaffee (Alemanha)
«Tal como o Nobel José Saramago, João Tordo põe em questão, com o seu
talento, a crença numa identidade própria à qual nós, os humanos, estamos
apegados.»
Jacinta Cremades, Le Monde (França)
«Estou maravilhado com o estilo de escrita do autor.»
Denis Johnson