Será que o compadrio é uma epidemia nacional, cada vez mais tolerada? Segundo este ensaio, o fenómeno atravessou as revoluções liberal, republicana, fascista e democrática, duas guerras mundiais e uma guerra fria. Todavia, apesar da sua persistência histórica e ampla incidência, não é algo exclusivo dos portugueses nem uma inevitabilidade nacional. Centrado no compadrio no desempenho de funções públicas, este ensaio também o enquadra no mundo não-público. Partilha cenários que o propiciam, cataloga justificações que se lhe associam e analisa os seus efeitos, sobretudo negativos. Por fim, propõe uma contracultura de censura do compadrio, tanto em público como em privado, enquanto dever de cidadania para todos aqueles que desejem construir uma sociedade mais justa e próspera.