Prémio Violeta Negra 2023 do Festival de Literatura Policial de Toulouse
Marcelo Silva é um romântico que tenta sobreviver num mundo de cínicos. E como o que está em causa é, nada mais e nada menos, do que o sistema político e financeiro na capital portuguesa, «sobreviver» é para ser entendido literalmente.
Cabelo desgrenhado, excesso de peso e uma carreira errante com direito a quinze minutos de fama.
Se fosse pobre, seria visto como um louco, mas porque é rico, todos o consideram um excêntrico.
Um pouco idealista, mas inofensivo.
Não podiam estar mais errados.
Marcelo Silva é um jornalista nomeado, por uma série de acasos ou razões obscuras, para dirigir uma nova brigada anticrime em Lisboa.
Durante os primeiros dez dias no seu novo cargo, percorre as ruas duma cidade entregue aos turistas e imerge no submundo das tramas políticas na tentativa de encontrar um milionário desaparecido e de desmascarar os crimes de uma elite financeira e política que deixaram o país à beira da ruína.
Fiel a si próprio, entre meninas de boas familias e politicos corruptos, millionários poderosos e redes de prostituição, entre Lisboa e Berlim, Marcelo Silva leva-nosnum trajecto para além das aparências, para trás da fachada da capital portuguesa, onde tudo acontece e os «brandos costumes» só se mantêm como mito urbano das classes médias.
Os elogios da crítica:
«A ave de Minerva (Sabedoria) levanta-se ao anoitecer, diz Hegel, e, finalmente temos um romance sobre a falência do Banco Espírito Santo: Ouro, Prata e Silva.»
Miguel Real, Jornal de Letras
«O livro do Miguel Szymanski é um delicioso "noir" sobre os anos da crise e da troika. E Marcelo Silva pede meças ao Pepe Carvalho, do saudoso Manuel Vasquez Montalbán.»
Eduardo Dâmaso
«Um jornalista conhecido em Lisboa e em Berlim, Miguel Szymanski, aventurou-se num romance cheio de intriga com personagens que retratam a vida portuguesa das últimas décadas. Só um jornalista conseguiria escrever um romance como este: "Ouro Prata e Silva" está cheio de génio de um romancista que não consegue esconder que domina bem a arte da escrita de reportagem. Um jornalista empenhado em deixar uma marca da sua passagem pela terra, um milionário desaparecido e uma mulher sem futuro; eis a minha apresentação sucinta do livro de Miguel Szymanski, que acabei de ler e que recomendo a quem gosta de uma boa história.»
Joaquim A. Emídio, O Mirante