De um dos mais elogiados músicos do presente, um olhar surpreendente sobre as grandes e pequenas questões da vida.
Num mundo onde toda a gente discute as grandes questões, Miguel Araújo detém-se nas pequenas questões, nos detalhes maravilhosos, nas particularidades ínfimas que nos escapam no dia-a-dia.
Estes textos confirmam a inteligência e o olhar agudo que lhe reconhecemos da escrita de canções. Como um realizador, Miguel desvia a câmara dos protagonistas para se focar nos figurantes, que, ao fundo da cena, circulam, vivem, fantasiam, sem que ninguém os ouça ou lhes dê atenção.
Nestas páginas revemos as histórias da nossa vida: da tia que nos manda limpar os pés antes de entrar em casa, da nossa incapacidade para lidar com as finanças e os impressos, ou do dia em que o corpo nos grita já não tens idade para isso . Aqui não há espaço para as glórias do músico, antes para as cólicas e receios antes de entrar em palco, para a canção que fugiu, para as convicções como pai ou para as surpresas que de repente nos alargam o mundo.
Este livro confirma o que há muito se suspeitava: Miguel é nome de cronista, de músico, de amigo, de pai, de preguiçoso, de medricas, de filho ou de viajante. Miguel somos nós.
Os elogios da crítica:
«A palavra "génio" é atirada para trás e para a frente de uma forma a modos que bastarda, mas no caso do Miguel serve-lhe que nem uma luva.» — Nuno Markl
«Uma das mentes mais brilhantes da canção pop-rock portuguesa.» — Time Out
«Miguel Araújo é o melhor compositor-intérprete da sua geração.» — Manuel Falcão
«Um dos melhores fabricantes de canções que o país viu surgir este século.» — Expresso
«Miguel Araújo: Não há muitos assim.» — Público
«Provavelmente, o melhor fazedor de melodias em Portugal. Fareja a canção pop perfeita como se fosse uma coisa óbvia, como se estivesse à mão de semear. Só que não está - excepto para o Miguel, e para esses muito poucos que nasceram com tão injusto talento.» — Samuel Úria
«Um dos maiores artistas portugueses.» — Jornal de Notícias