Muitos portugueses talvez não saibam, mas Campanhã é mais do que nome de estação: é periferia, pobreza e precariedade. Na freguesia mais oriental da cidade, alguns dos seus 32 mil habitantes seguem a vida com regras diferentes. O dinheiro é escasso, as casas nem sempre são dignas de se chamarem assim. Mas este Porto que a onda turística esquece é também apontado como palco para a reinvenção da cidade. Mergulhámos num dos bairros mais problemáticos da freguesia pelas mãos de um assistente social que faz da profissão militância. Percorremos Miraflor, a rua modelo onde a mudança acontece. Conhecemos um homem que nasceu na estação. Porto, última estação resgata esta e outras vidas de quem reclama outro destino para Campanhã.