Sabia que, durante a década de 1990, os cidadãos brasileiros se tornaram a principal comunidade estrangeira em Portugal? E que, enquanto residentes, podem candidatar-se a cargos eletivos no Parlamento? Ou ainda que, em 2019, as remessas destes imigrantes para o Brasil atingiram quase aos 250 milhões de euros?
A fraternidade luso-brasileira, assente na partilha da língua e de afinidades históricas e culturais, sustenta a narrativa oficial sobre as relações entre Brasil e Portugal. O presente ensaio analisa de forma crítica se e como este discurso influenciou questões de política externa de cada país e interesses e contactos bilaterais, desde finais do século XX. Afinal, de quanta retórica e quantas potencialidades reais é feito o diálogo entre estes países-irmãos?