«Desde o dia em que assentei que me convinha gastar quase todo o meu tempo a escrever sobre a vida e a obra de Aquilino Ribeiro que me atraía a ideia e alimentava o projecto de dedicar uma obrinha inteira a divagar sobre certos aspetos da sua Casa Grande de Romarigães mas a coisa revelou-se encargo mais complicado do que parecera numa primeira abordagem. Qual o porquê de ter escolhido A Casa Grande de Romarigães e não um outro qualquer livro do grande escritor? […] Esta é a obra-prima do beirão genial, escrita com setenta e dois anos e estando já no ocaso do pendor da vida, a precisa idade em que eu próprio agora me vejo. Para além disso, e acima de tudo o mais, ressalta o facto de toda a minha vida ter considerado A Casa Grande de Romarigães como a mais bela, importante e perfeita criação de toda a literatura em prosa que algum dia se escreveu na língua portuguesa.»