Ambientado nos meses que antecederam o conflito israelo-árabe no Líbano, este romance traz à luz as complexas relações entre religiões.
A estreia em Portugal de um dos nomes mais influentes e respeitados da literatura israelita.
Trazendo à luz as complexas relações entre cristãos, judeus e muçulmanos, homens e mulheres, Um Trompete no Uádi transporta-nos para os meses que precederam o conflito israelo-árabe no Líbano, em 1982, ao mesmo tempo que recupera uma história clássica de amor impossível: pessoas separadas por crenças, tradição e guerra.
«O escritor pioneiro que deu voz aos oprimidos em Israel.» — Haaretz
Huda vive num pequeno prédio no uádi de Haifa, o quarteirão árabe dessa cidade costeira no norte de Israel e um microcosmo de intrigas, sonhos e de convivência entre vizinhos de persas proveniências. Com ela, moram o avô, Elias, patriarca da família, Um-Huda, a sua mãe, e a irmã mais nova, Mary.
Criadas sem pai numa casa cristã árabe, Huda e Mary estão ligadas por um amor profundo, apesar das suas personalidades e aparências completamente opostas: a primeira, magra e tímida, tendo desistido de casar há alguns anos, resignou-se a uma vida pacata e monótona; a segunda é voluptuosa e alegre e avessa a qualquer emprego.
A vida de todos, no entanto, é subitamente abalada pela chegada de um novo vizinho, um jovem imigrante russo, judeu, que passa as suas noites a tocar trompete, cujo som acaba por enlevar Huda e fazê-la redescobrir uma paixão e ânimo que julgava extintos; Mary, por seu lado, vê-se envolvida num perigoso triângulo amoroso com o irascível e impetuoso filho do dono do prédio em que vivem, e o seu primo, que vive fora da cidade, nos campos limítrofes.
«Sami Michael é escritor, mas, acima de tudo, um homem que atravessa duas culturas no centro de um sangrento conflito.» — La Repubblica
Tradução do hebraico por Lúcia Liba Mucznik