A turbulenta convivência entre moradores e polícia numa das maiores favelas do mundo é o mote para o primeiro romance de um jovem autor já consagrado.
Cinco jovens, um batalhão da polícia, bailes funk, drogas, paixões, amizades, dramas, sonhos e uma infinita pulsão de vida: eis os ingredientes de um livro que mostra, sem pudor e sem pena, o quotidiano de quem vive na incógnita do futuro.
Quando a polícia invade a Rocinha para instalar uma Unidade Pacificadora, os jovens Murilo, Douglas, Biel, Washington e Wesley veem a vida virada do avesso. O acontecimento central do primeiro romance de Geovani Martins declina-se numa trama engenhosa, avançando ao ritmo de capítulos curtos que revelam ao leitor as perspetivas cruzadas dos protagonistas — e que exibem igualmente a mestria deste escritor na reinvenção da língua, na construção dos diálogos, na urdidura da história.
Depois de O sol na cabeça — livro de estreia que granjeou ao autor o epíteto de «ponta-de-lança da literatura brasileira» e que teve uma impressionante repercussão internacional —, chega Via Ápia, romance duro e muito necessário, através do qual temos acesso privilegiado a uma realidade quase sempre fora de todos os radares.
Sobre O sol na cabeça:
«Geovani Martins escreve bem, tem o dom da escrita e uma gigantesca exigência quanto à economia de meios, à composição.» Caetano Veloso
«O livro mais importante da literatura recente.» Marcelo Rubens Paiva
«Um livro muito necessário em tempos de intolerância, ódio e ignorância.» Milton Hatoum
«Geovani Martins pula da oralidade mais rasgada para o português canónico como quem respira. Uma nova língua brasileira chega à literatura com força inédita.» João Moreira Salles
«Uma das mais importantes narrativas sobre a devastadora desigualdade que arrasa a sociedade brasileira.» Misha Glenny
«Vai muito além de ‘literatura de favela’, seja lá o que isso for. É simplesmente óptima literatura moderna, ponto. […] Um novo realismo com ingredientes de literatura marginal refinados em uma escrita fluente e sonora, contando histórias cheias de surpresas e suspense, pelo olhar de crianças ejovens crescendo num mundo violento e perigoso. Pequeno grande livro, emoção do início ao fim.» Folha de S. Paulo
«Nas mãos de um escritor menos habilidoso, alguns contos poderiam resultar desesperados e cruéis. Mas o autor transforma-os em instantâneos tensos e coloridos da vida nestas comunidades fervilhantes.» The Guardian