Nesta obra-prima, a Prémio Nobel de Literatura 2015 dá voz a centenas de mulheres que revelam pela primeira vez a perspetiva feminina da Segunda Guerra Mundial.
PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA
Nesta obra-prima, a Prémio Nobel de Literatura dá voz a centenas de mulheres que revelam pela primeira vez a perspetiva feminina da Segunda Guerra Mundial.
O número de mulheres combatentes no Exército Vermelho chegou quase a um milhão, mas a sua história nunca foi contada. Este livro, marcado pelo estilo pungente de Svetlana Alexievich, apresenta testemunhos de mais de 200 jovens russas que passaram de filhas, mães, irmãs e noivas a atiradoras, condutoras de tanques ou enfermeiras em hospitais de campanha. O seu relato não é uma história de guerra, nem de combate; é uma história de mulheres e homens catapultados «da sua vida simples para a profundeza épica de um enorme acontecimento».
Em que pensavam? De que tinham medo? Como foi aprender a matar? É sobre isto que estas mulheres falam, mostrando uma faceta do conflito sobre a qual não se escreve. Descrevem a sujidade e o frio, a fome e a violência sexual, a angústia e a sombra permanente da morte.
A Guerra não Tem Rosto de Mulher, a marcante obra de estreia de Svetlana Alexievich, foi originalmente publicada em 1985, depois de quatro anos de pesquisa e entrevistas. Esta edição corresponde ao texto fixado em 2002, quando a autora reescreveu o livro e incluiu novos excertos com uma força que, antes, a censura não lhe tinha permitido mostrar.
Tradução direta do russo por Galina Mitrakhovich
«[Neste livro] Svetlana Alexievich resume centenas de entrevistas com mulheres e alguns homens que sobreviveram à invasão, ocupação e guerra de libertação contra os nazis entre 1941 e 1945. Tão ou mais importante do que os testemunhos, extraordinária galeria num museu da memória, são os sentimentos que a repórter grafou, após cada entrevista, no seu diário e que apresenta na introdução do livro e nas primeiras páginas de cada capítulo.»
El Mundo
«Quando foi publicado nos anos oitenta, A Guerra não Tem Rosto de Mulher chamou a atenção e mereceu o elogio de Mikhail Gorbachev, então líder soviético. Há alguns anos, Svetlana Alexievich e Gorbachev encontraram-se pela primeira vez. Perguntou ele: “Sendo a senhora tão pequena, como consegue escrever livros tão grandes?” Alexievich
recorda a história e a resposta com um sorriso:“O senhor também não é propriamente um gigante, e conseguiria destruir um império.”»
The New York Times
«Pela sua escrita polifónica, um monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época.»
Comité do Prémio Nobel de Literatura