Jaku, Eddie
Eddie Jaku nasceu na Alemanha, em 1920, com o nome de Abraham Jakubowicz.
A sua família considerava-se, acima de tudo, alemã, colocando a identidade judia em segundo plano. No dia 9 de Novembro de 1938, naquela que ficaria para a História como a Noite de cristal, Eddie regressou do colégio interno e encontrou a casa vazia. Nessa madrugada, soldados nazis invadiram a casa, agrediram Eddie e levaram-no par Buchenwald.
Foi libertado e conseguiu fugir, com o pai, para a Bélgica e, depois, para França, apenas para voltar a ser capturado e enviado de novo para um campo. Quando estava a caminho de Auschwitz, Eddie torna a fugir para a Bélgica, onde viveu, escondido, com os pais e a irmã. Em Outubro de 1943, a família de Eddie é capturada e enviada para Auschwitz, onde os pais viriam a ser assassinados. Em 1945, Eddie consegue escapar da Marcha da Morte a que foi forçado e esconde-se numa floresta até Junho de 1945, altura em que é resgatado por soldados aliados.
Em 1950, Eddie muda-se para a Austrália com a família. É voluntário no Museu Judeu de Sydney desde a sua fundação. O «homem mais feliz do mundo» viveu paredes meias com a morte, quotidianamente, durante a Segunda Guerra Mundial e, porque sobreviveu, fez um juramento: sorrir todos os dias.
Eddie é casado com Flore há 74 anos. Têm dois filhos, netos e bisnetos.